Por
Adiel Teófilo.
Qual
é o verdadeiro significado da Páscoa? O que ovos de chocolate e coelhinhos têm
a ver com a Páscoa Bíblica? Saiba que não se trata de
mera ocasião para se empanturrar com guloseimas de chocolate, mas nos remete a
um passado marcado pela trágica contradição entre morte e libertação,
entre sacrifício e salvação.
Os
filhos de Israel habitaram no Egito por quatrocentos e trinta anos (Êxodo 12.40), onde se multiplicaram
grandemente. Os egípcios escravizaram os israelitas e os fizeram amargar a vida
com dura servidão, em trabalhos forçados produzindo tijolos e nos serviços do
campo (Êxodo 1.14).
Deus
viu a aflição e ouviu o clamor do seu povo. Por isso, designou Moisés para livrá-los
da servidão no Egito e conduzi-los a uma terra boa e ampla, que mana leite e
mel (Êxodo 3.7-10). Moisés então
manifestou a vontade de Deus a Faraó, que assim respondeu: “Quem é o SENHOR para que lhe ouça eu a voz, e deixe ir a Israel? Não
conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir a Israel” (Êxodo 5.1.2).
Essa
oposição custou muito caro a Faraó. Deus livrou a Cidade de Gósen onde estavam
os filhos de Israel e lançou sobre o Egito as dez pragas: 1) as águas se tornaram em sangue; 2) a terra ficou infestada de rãs; 3) os homens e o gado ficaram cheios de piolhos; 4) enxames de moscas; 5) peste que matou os rebanhos; 6) úlceras nos homens e nos animais; 7) chuva de pedras que destruiu animais
e plantações; 8) gafanhotos que consumiram
a erva do campo e o fruto das árvores; 9)
densas trevas por três dias; e, 10)
a terrível morte dos primogênitos dos egípcios (Êxodo 7-11).
Na
mesma noite em que ocorreu a morte dos primogênitos, o SENHOR instituiu a Páscoa,
festa sagrada, que marca como estatuto perpétuo, por todas as gerações, a
libertação dos filhos de Israel da servidão no Egito. O SENHOR ordenou que cada
família tomasse um cordeiro sem defeito, macho de um ano, cujo sangue deveria
ser passado nas ombreiras e verga das portas, como sinal, para livrar da morte
os primogênitos dos israelitas. A carne era para ser comida assada no fogo, com
pães sem fermento e ervas amargas. “Desta
maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão;
comê-lo-eis às pressas: é a páscoa do SENHOR” (Êxodo 12.11).
E
assim, à meia-noite, o SENHOR feriu todos os primogênitos na terra do Egito,
desde o filho de Faraó até os animais no campo. Houve grande clamor, pois não
havia casa em que não houvesse morto. Diante disso, Faraó ordenou que os filhos
de Israel deixassem a terra do Egito, levando consigo o rebanho, apressando-os
para sair, porque temiam que todos os egípcios morressem (Êxodo 12.29-33). Esta é, pois, a Páscoa dos filhos de Israel, cuja
libertação foi marcada pela trágica morte dos primogênitos dos egípcios.
O
cordeiro que foi sacrificado na Páscoa é símbolo do Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo: JESUS CRISTO (João
1.29). Ele é o Unigênito de DEUS, que foi morto na cruz do calvário, cujo
sangue foi derramado para livrar a humanidade das consequências do pecado. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6.23). Portanto, aquele
que crê em CRISTO e o confessa como SENHOR e SALVADOR, não sofrerá a condenação
do pecado, “porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (I
Coríntios 5.7).
Enfim, o real sentido da Páscoa é a libertação da
escravidão do pecado, que tanto aflige a humanidade, bem mais que as aflições
que os israelitas sofreram no Egito. E aquele que experimenta a libertação em
CRISTO sabe o quanto vale o privilégio da liberdade, porque “se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis
livres.” (João 8.36). Há, quanto aos ovos de chocolate e os coelhinhos,
estes sim, como estratégias de consumo numa sociedade globalizada, estão
assassinando o verdadeiro sentido da Páscoa!
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