Quais são os motivos que levam as pessoas seguirem a Cristo?
As pessoas seguem ao Senhor Jesus por diferentes motivações, muito
embora seja necessária renúncia para segui-lO. Esse esforço de desapego ficou
bem claro no convite que Jesus Cristo formulou: "Se alguém quer vir após
mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me"
(Lucas 9.23). A prática do cristianismo tem demonstrado, entretanto, que
nem todos estão dispostos a abrir mão dos seus interesses pessoais para seguir
os passos do Mestre. Apesar do esforço na caminhada, o real motivo acaba
aparecendo, revelando assim que tipo de seguidor está caminhando após Cristo.
Observe alguns exemplos extraídos das Escrituras e analise em qual deles você se
amolda.
Certa vez os discípulos Tiago e João perguntaram: “Senhor, queres que digamos que desça
fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?” (Lucas
9.54). Revelaram dessa
forma o desejo de destruição do próximo, mas Jesus os repreendeu: “Vós
não sabeis de que espírito sóis, porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas
para salvá-las”
(Lucas 9.55-56).
Desse mesmo modo tem ocorrido em nossos
dias. Há quem pensa que segue a Cristo, porém diante das divergências e
conflitos do cotidiano deseja e pede a morte do seu semelhante. Esse espírito
certamente não procede de Deus, nem se submete à vontade de Jesus. Diante
disso, que espírito tem influenciado suas atitudes?
Noutra ocasião, Jesus andava pelo caminho, quando se
aproximou um escriba e disse:
“Senhor, seguir-te-ei para onde quer que
fores” (Mateus 8.19). Apesar dessa aparente disposição, o interesse era bem
outro, pois Cristo assim lhe respondeu: “As
raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem
onde reclinar a cabeça” (Mateus 8.20). Em outra oportunidade, uma multidão
foi até a Cidade de Cafarnaum à procura de Jesus. E o que dEle ouviram? “Na verdade, na verdade vos digo que me
buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes.
Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a
vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará”
(João 6.26-27). São assim os materialistas da atualidade, que
praticam um cristianismo de caça-bênção.
Desejam acompanhar o Senhor, a fim de suprir tão somente as necessidades
temporais. No entanto, “se a nossa esperança em Cristo se
limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (I Coríntios
15.19). Desse
modo, onde está firmada a sua esperança?
Jesus
convidou alguém para segui-lO, que assim respondeu: “permita-me ir primeiro sepultar meu pai” (Lucas 9.59). Ora, se o
pai desse convidado estivesse morto, certamente não estaria ali ouvindo os
ensinos de Jesus Cristo, mas acompanhando o velório ou o sepultamento. O que
ele pediu foi para adiar o convite, porque tinha como prioridade cuidar do seu genitor
até o fim dos dias e atender depois aquele chamado. O Senhor insistiu: “Deixa aos
mortos o sepultar os seus próprios mortos, porém tu vai e anuncia o Reino de
Deus” (Lucas 9.60). Sabe-se que é impossível ao morto sepultar alguém, logo,
Jesus estava se referindo ao fato de que é mais importante cuidar da vida
espiritual, porquanto não faltarão espiritualmente mortos para sepultar os falecidos
no corpo. Atualmente muitos estão protelando o convite de Jesus com planos
pessoais, almejando alcançar primeiro grau escolar, profissão, casamento ou
posição social. Não se dão conta de que amanhã poderá ser tarde demais...
Outra pessoa disse: “Seguir-te-ei, Senhor, mas
deixa-me primeiro despedir-me dos de casa” (Lucas
9.61). As
despedidas de outrora não eram simples abraços e apertos de mão, mas envolviam
festejos prolongados. Dessa feita, o seguidor até queria acompanhar Jesus,
todavia o apego a esta vida o fazia pensar nos prazeres com a família e amigos,
deixando-o dividido entre a jornada da fé e os festejos da despedida. “Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do
arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus” (Lucas 9.62) Quem já
manuseou arado puxado por animais, tal como nos tempos bíblicos, sabe muito bem
que é necessário olhar em frente para não desviar a direção. Desse mesmo modo, devemos
mirar sempre o Reino de Deus e não seguir a Cristo olhando para os atrativos
desse mundo. “Lembrai-vos
da mulher de Ló” (Lucas 17.32).
“E depois disto designou o Senhor ainda outros setenta, e mandou-os adiante da sua face, de
dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir”. E
disse-lhes: “curai os enfermos que nela houver, e
dizei-lhes: É chegado a vós o reino de Deus” (Lucas 10.1-9). Esses seguidores atenderam diligentemente
o chamado e voltaram com alegria dizendo: “Senhor,
pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam” (Lucas 10.17). E Jesus lhes
assegurou: “Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem
os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus”
(Lucas 10.20). Portanto, aquele que atende
bem e fielmente o chamado do Senhor Jesus receberá a vida eterna com Deus.
Diante
desses exemplos, qual deles se ajusta melhor ao seu caso. O espírito que lhe
impulsiona é desconhecido? O seu cristianismo é de estilo materialista? O Reino
de Deus está em primeiro lugar ou existem outras prioridades? Os prazeres
mundanos ainda fazem divisão entre a caminhada espiritual e a satisfação das
concupiscências da carne? Ou será,
enfim, que anuncia por todos os lugares que é chegado o Reino de Deus? O
convite é do Senhor Jesus, mas a decisão de segui-lO é sua!
Adiel Teófilo
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