Por
Adiel Teófilo.
Reflexões de repúdio aos
abusos, autoritarismos e desvios dos preceitos Bíblicos, cometidos por líderes evangélicos
que se apossaram de cargos eclesiásticos, denominações ou convenção de igrejas.
ANTES PORÉM,
HONRA AOS QUE PRESIDEM COM JUSTIÇA E EQUIDADE
“Lembrai-vos dos vossos pastores, que
vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua
maneira de viver. [...] Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles;
porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para
que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.”
(Hebreus 13.7 e 17)
O PAPADO
EVANGÉLICO
Aqueles que se tornaram como papas evangélicos têm o poder de
escolher o que querem ou não para suas igrejas, pois se apossaram de um trono de
poder e soberania dentro de suas denominações, enquanto almas perecem por falta de
atenção, cuidado e zelo pastoral. Proíbem grupos de dança, mas aceitam políticos
corruptos profanarem os locais de culto. Não aceitam bater palmas durante os
cultos, nem adornos nas mulheres, mas toleram nepotismo, políticagem dentro dos
templos e mau uso dos dízimos e ofertas. “Condutores cegos! que coais um mosquito e
engolis um camelo.” (Mateus 23.24)
Mas
graças a Deus que o Senhor Jesus não constituiu autoridades religiosas para um
reinado terrenal. Ele comissionou servos para propagar o Reino Celestial. Não
fundou um império religioso, para ter catedrais suntuosas e pompa eclesiástica.
Ele ensinou o caminho da vida eterna por meio da porta da simplicidade: JESUS
CRISTO.
A MISSÃO DA IGREJA E A POLITICAGEM PAPAL
A
politica brasileira não precisa de pastores e nem do seu poderio papal,
mas sim de muita oração e de intercessão da Igreja. Precisa também de cristãos
comprometidos com o Reino de Deus, que realmente façam a diferença como luz em
meio a tanta corrupção entre os políticos.
Não se
deve entregar o rebanho do Senhor Jesus aos políticos, como tentam fazer alguns
líderes evangélicos, "dando a César" o que é de Deus. Não podem
também “dar a Deus” o que é de César, colocando políticos nos púlpitos, profanando
os locais de culto.
A igreja do
Senhor Jesus Cristo foi chamada para pregar o Evangelho a toda criatura, não
para se embaraçar com negócios desta vida. Por outro lado, os servos de Deus
devem ter compromisso com a cidadania, buscando a direção do Espírito Santo ao
cumprir com as suas obrigações eleitorais.
Precisam fazer
também o que nos ensinam as Escrituras: “Antes
de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões,
ações de graça, em favor de todos os homens, em favor dos
reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida
tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante
de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e
cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” (I Timóteo 2.1-4)
POLÍTICA FORA DOS TEMPLOS E PAZ NA IGREJA
Se fosse para a
Igreja se envolver com política, o Senhor Jesus teria criado um partido de
oposição ao Império Romano, que dominava a Nação de Israel naquele tempo, ou
ainda, teria feito como os hipócritas da atualidade, que apoiam quem está no
poder, qualquer que seja o partido ou a ideologia política.
Jesus cuidou
exclusivamente do Reino de Deus, assim como deve fazer a sua Igreja. Tanto é
que ao ser avisado de que Herodes queria mata-lO, Jesus assim respondeu aos
mensageiros: “Ide, e dizei àquela
raposa: Eis que eu expulso demônios, e efetuo curas, hoje e amanhã, e no
terceiro dia sou consumado.” (Lucas 13.31-32). E atualmente, quais são os
líderes que seguem esse exemplo de Jesus Cristo? Quem é que tem a coragem de
apontar as raposas que estão no poder?
A Igreja
do Senhor Jesus Cristo não foi mesmo chamada para conduzir homens ao poder
político, mas para levar o Poder de Deus aos homens. Se as portas do inferno
não podem prevalecer contra a Igreja, porque temer as portas do poder
legislativo? “Assim, pois, as igrejas em
toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam,
andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.” (Atos 9.31)
LEI DE DEUS OU LEI DOS HOMENS
A Lei de Deus é a
Bíblia Sagrada e visa transformar o interior do ser humano, para que
exteriorize as melhores atitudes para com o próximo. A lei dos homens é o
ordenamento jurídico vigente e impõe limites ao comportamento das pessoas. A
legislação humana não tem eficácia para modificar o íntimo das pessoas, nem a
conduta da sociedade por mais amplamente aceita é capaz de alterar a Lei de
Deus.
Por isso, a
Igreja foi chamada para divulgar e defender a Lei de Deus, não para lutar por
homens que prometem criar leis a favor da Igreja. Não é possível banir o pecado
por meio da lei humana, pois somente a Lei de Deus é que pode aniquilar a
natureza pecaminosa.
Não podemos
abrandar a Lei Divina para acomodar interesses materialistas e carnais das leis
humanas. A Lei de Deus perde força na Igreja qando os interesses políticos e
corporativistas prevalecem, mas recupera sua soberania quando é ensinada,
proclamada e praticada acima de qualquer lei humana.
O PODER DO PAPADO
EVANGÉLICO
Os papas evangélicos da atualidade podem até mandar
riscar, de uma folhinha de papel, o nome daqueles que protestam contra os
erros e desvios de finalidade por eles cometidos, no entanto jamais serão capazes de tirar o nome de
alguém do LIVRO DA VIDA DO CORDEIRO (Apocalipse 21.27).
O poder
eclesiástico corrompe e permite até abusos, mas o Poder de Deus conduz à vida
eterna. “Porque
o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para
salva-las.” (Lucas 9.56)
NINGUÉM PODE SER
PUNIDO SEM ANTES SER OUVIDO
É Bíblico: “Ora, se teu
irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir,
ganhaste a teu irmão;” (Mateus 18.15)
É ético: Demonstra o mínimo de respeito e consideração para com a
dignidade do ser humano, por maior que seja o seu erro.
É direito
fundamental da democracia: “aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;” (artigo 5º, inciso LV, da Constituição da República Federativa do
Brasil, de 1988).
Diante disso, não se compreende porque certos líderes
ainda insistem em desrespeitar esses princípios, agindo com autoritarismo,
prepotência e arrogância, e isso contra os seus próprios irmãos...
AUTORITARISMO PAPAL
O
autoritarismo de certos líderes religiosos não faz discípulos
convertidos a Cristo, e sim cativos da religiosidade que usurpa o nome de Deus.
Não produz fruto pacífico de justiça, antes gera reféns do temor humano.
Porque
exigir obediência impondo o medo com ameaças espirituais é relativamente fácil. Difícil é conquistar a
submissão do rebanho de Deus, pastoreando “não
por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida
ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados,
antes tornando-vos modelos do rebanho.” (I Pedro 5.2-3)
TRANSPARÊNCIA E
MORALIDADE NA ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA
Ninguém está acima dos princípios da Palavra de Deus, nem mesmo os papas evangélicos. Por essa razão:
Os líderes evangélicos devem zelar pela TRANSPARÊNCIA na
administração financeira e patrimonial, para fugir de toda a aparência do mal. “Abstende-vos de toda a aparência do mal.” (I
Tessalonicenses 5.22)
Devem cumprir as suas FINALIDADES BÍBLICAS E
ESTATUTÁRIAS, a fim de servir exclusivamente ao Reino de Deus. “Ninguém que milita se embaraça com
negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.” (II
Timóteo 2.4).
Devem abominar toda forma de NEPOTISMO, dentro e fora das
portas dos templos, zelando pela moralidade, ética e boa reputação diante de Deus e
dos homens. “E disse-lhes: vós sois os que vos justificais a vós mesmos dainte dos
homens, ma Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é
elevado, perante Deus é abominação.” (Lucas 16.15).
FIDELIDADE DENOMINACIONAL
Seja fiel
à sua denominação enquanto ela for fiel a Deus. Fuja da sua denominação quando
ela fugir dos preceitos da Palavra de Deus. “E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não
sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.”
(Apocalipse 18.4)
VÍDEO: IGREJAS QUE ESTÃO TRAINDO O EVANGELHO
Pastor ARIOVALDO RAMOS
(4min 25seg)