Defesa do Evangelho busca a prática sincera dos verdadeiros ensinos do SENHOR JESUS CRISTO. “...Sabendo que fui posto para defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda” (Filipenses 1.17-18). Participe dessa Defesa! Deixe o seu comentário ao final do artigo ou escreva para o nosso email: adielteofilo7@gmail.com

segunda-feira, 11 de julho de 2016

A TRAGÉDIA DO PÚLPITO

Por Adiel Teófilo.

Sabe-se que o púlpito é uma peça importante do mobiliário de uma igreja evangélica. E todo bom cristão sabe qual é a sua finalidade dentro da liturgia de um culto. No entanto, os meios de comunicação têm apresentado ao público em geral uma variedade de usos do púlpito, que demonstram claramente o total desvio de sua primordial finalidade no contexto da autêntica celebração evangélica.

Vejamos alguns dos maus usos do púlpito nesse tempo do fim:

Púlpito balcão de negócios: a conquista material e a riqueza são a temática quase que exclusiva e repetitiva dos falsos mestres da teologia da prosperidade. Nada se prega sobre o pecado, a santificação e a salvação em Cristo, dentre outras importantes doutrinas Bíblicas, pois os amuletos, os rituais e congressos de busca financeira ocupam praticamente todo o tempo que as pessoas permanecem nesses ajuntamentos. Não se adora a Deus, mas busca-se um Deus que é “obrigado” a prosperar o homem, qualquer que seja o caminho que está trilhando na direção da eternidade. São lobos devoradores e mercenários insaciáveis pelo lucro à custa da ambição e ganância que despertam nas suas vítimas.   

Púlpito palanque de comédia: a pregação que deveria confrontar o pecado e promover crescimento espiritual, presta-se mais a proporcionar entretenimento ao povo, que facilmente se desmancha em gargalhadas diante de “piadinhas gospel”. Os relatos bíblicos ganham novos contornos interpretativos, numa espécie de comédia grega. Os personagens bíblicos passam a ser satirizadas e até ridicularizados por esses comediantes “evangélicos”. Prestam assim relevante serviço para a satisfação dos prazeres da carne.     

Púlpito divã de psicologia: a psicologia tem seu reconhecido papel no campo da ciência, entretanto não pode ser a base da pregação, expondo assim um evangelho altamente “psicologisado”, com receitas prontas para terapia coletiva no trato de diversos problemas emocionais. A pureza e a autenticidade na exposição das Escrituras deve ser buscada a todo custo, sob pena de se oferecer ensino adulterado, incompleto ou incapaz de produzir os resultados para os quais a Palavra de Deus foi designada. A pregação da Palavra deve ser pública, mas a terapia precisa ser individualizada.

Apesar dessa trágica utilização por alguns segmentos, existem aqueles que prezam pelo uso apropriado do púlpito na liturgia evangélica. A Bíblia Sagrada nesse espaço é apresentada na sua verdade, com seus reais propósitos e na integralidade, sem qualquer ardil ou artifício que a torne mais palatável aos seus ouvintes. A Escritura torna-se assim, de fato e de verdade, a única regra de fé e prática na vida cristã.

Nesse contexto, o evangelicalismo brasileiro precisa renovar a aliança com a Palavra de Deus, a exemplo do povo de Israel no tempo de Neemias, quando pediu que lhe trouxesse “...o livro da lei de Moisés, que o SENHOR tinha prescrito a Israel” (Neemias 8.1). Todo o povo se ajuntou na praça e Esdras, o sacerdote, leu o livro desde o alvorecer até o meio-dia, “...e todo o povo tinha os ouvidos atentos ao livro da lei” (v.3). Naquela ocasião, fora utilizado um “...púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim” (v.4), quando então “Leram no Livro, na lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia”. (Neemias 8.8). Eis aí, portanto, a maneira correta como deve ser utilizado o púlpito durante os cultos verdadeiramente evangélicos.      

          

terça-feira, 5 de julho de 2016

IDEOLOGIA DE GÊNERO: Uma Questão Teológica e Biopolítica

Por Thomas Magnum.

Em toda história da Igreja Cristã podemos pontuar vários ensinos contrários ao que a igreja professa. Isso é um fato inegável. O Cristianismo sempre sofreu oposição ideológica. A Ideologia de Gênero que tem sido pauta para os últimos debates sócio-educacionais é um assunto que precisa ser refletido com seriedade pela igreja e não pode ser ignorado, pelo simples fato de ser uma proposta alteradora do modelo bíblico para a sexualidade humana, a saber, homem e mulher (Gn 1.26-28). Ao me referir ao discurso hipermoderno sobre gênero, estabeleço uma ligação própria com a heresia, o termo usado por heresia é o que a Igreja tem professado no decorrer dos séculos, uma distorção da verdade declarada nas Escrituras de forma axiomática. A heresia é um desfoque da fala divina, é uma corrupção do ensino bíblico; e questão do gênero defendida por correntes psicológicas, antropológicas e sociológicas é uma distorção clara e confrontadora do que diz a Bíblia a respeito do homem e da mulher e de seu comportamento sexual[i].

De fato e de verdade, as teorias relativas à ideologia de gênero (também conhecidas como teoria queer ou gender) são desdobramentos de ideologias sociais referentes ao feminismo[ii], homossexualidade e demais distorções do comportamento sexual humano. O processamento de tal ideologia na sociedade é desastrosa e extremamente prejudicial. Crianças de ambos os sexos usarem o mesmo banheiro na escola? Deixar que a criança descubra suas inclinações sexuais sem nenhum molde – seja da religião, seja da moral vinda dos pais, seja de um padrão social ocidental – é uma violação da liberdade e não uma proclamação da liberdade. A intenção claramente é destruir a autoridade estabelecida, e isso é quebra do quinto mandamento descrito no decálogo. É força empregada por ideologias de gênero, obviamente ligadas a questões de hegemonia nas ideias biopolíticas. É um poder ideológico que dá cabo a uma guerra cultural para erradicação da moralidade cristã estabelecida no Ocidente. É um desmonte cultural em relação à função do homem e da mulher na sociedade e uma nova formulação da ideia de família, obviamente contrária a Palavra de Deus.

De um ponto de vista teológico podemos dizer que a ideologia de gênero é uma negação da realidade, uma negação da verdade e uma negação da autoridade. A realidade de que a criança nasce com um sexo e gênero é o sinônimo e não algo a ser escolhido, essa negação da realidade é uma violação do mandato social descrito em Gênesis 1. Onde lemos que o homem e a mulher deveriam procriar, assim a humanidade só se multiplicaria pelo cumprimento do mandato social, e para que isso acontecesse a sexualidade criada por Deus deveria ser cumprida como no plano original do Criador e não no exercício da homossexualidade ou na neutralidade do sexo. Deus criou o homem para se relacionar sexualmente com a mulher e não com outro homem (Rm 1.24-27). O feminismo em seu formado agressivo de desestabilização da autoridade masculina e exaltação da independência da mulher de toda opressão do sexo oposto também é uma distorção do que dizem as Escrituras sobre o papel da mulher no casamento e o papel do marido (veja Ef 5. 22-33), a submissão da mulher ao marido é estabelecida pelo próprio Deus em sua Palavra e todo ensino contrário é uma afronta a vontade do Criador.

É triste observarmos quietos a invasão diabólica de tal ideologia, que em muitos casos é inserida em materiais didáticos e paradidáticos aprovados pelo MEC. A ideologia de gênero tem sido subliminarmente colocada nestes materiais, demonstrando o tamanho da covardia e sordidez de gente que se diz educador e implanta monstruosamente na mente de crianças, padrões de reconstrução moral e social[iii]. Obviamente, nosso objetivo aqui não é examinar historicamente e exaustivamente a questão da ideologia, mas, direcionar para uma pesquisa mais ampla, diga-se de passagem, urgente principalmente para pastores, pais e professores cristãos.

A urgência e a importância de refletirmos a partir de uma visão teológica sobre o assunto é sem precedentes, nenhum cristão que esteja envolvido nos campos de conhecimento está autorizado pela Palavra de Deus a pensar autonomamente sobre quaisquer assuntos envolvendo a criação de Deus. Com isso não estou defendendo a falta de liberdade científica, mas, pontuando um princípio cristão (1 Co 10.31) que tudo que fazemos deve ser para a glória de Deus. Nossa teologia deve atender a questões sociais e devemos cultivar uma mente bíblica para o exercício de uma cosmovisão redentora, uma percepção de mundo que aponte para Cristo, o Cristo total, o Cristo que é um cerne da teologia, da revelação, da Criação e da ordem devida ao mundo criado.


Desenvolvermos uma reflexão social a partir de bases bíblicas e teológicas é ordem das Escrituras (Êx 20.1-3). O professor Felipe Nery, fundador do Observatório Interamericano de Biopolítica relata em um de seus artigos que “... na Alemanha. Dois pais são presos por não permitirem que seus filhos compareçam às aulas de sexo na escola”. E continua:O caso dos pais presos na Alemanha por não aceitarem que sua filha fosse doutrinada pela cartilha de “gênero” ilustra bem a índole dos promotores da nova moral mundial. Trata-se de um grupo claramente totalitário. Embora use com frequência termos como “liberdade”, “tolerância” e “diversidade”, aqueles que ousam discordar de suas teorias mirabolantes são imediatamente punidos, ora por meio da mentira e da difamação, ora por sanções legais – como é o caso de Eugen e Luise Martens.


A atitude desse casal, no entanto, não é uma simples “reação”, como se os dois estivessem preocupados apenas em “desmascarar” a ideologia de gênero, ou fossem meros soldados preocupados em matar o inimigo. Talvez, Eugen e Luise Martens, pais de nove filhos, nem se interessassem muito por toda essa discussão, por essa que é realmente uma guerra cultural. A situação com que se depararam, no entanto, obrigou-os a agir. Não por ódio ao adversário, mas por amor àquilo que tinham de mais valioso: os seus filhos[iv].


Felipe Nery completa dizendo:


Algum pai poderia imaginar-se na mesma situação? A escola do próprio filho, que ele criou com tanto amor, dedicação e cuidado, querendo incutir em sua mente toda “variedade” de práticas sexuais... O que fazer? Qual atitude tomar? Ora, o gesto de Eugen e Luise parece bastante compreensível. É o mínimo que qualquer pai e qualquer mãe podem fazer para preservar a integridade e a pureza de seus filhos. Contudo, o Estado quer essas crianças para si, quer educá-las do “seu” jeito, quer implantar nelas as suas ideias, ainda que sejam essas, absurdas, citadas acima. É o que alguns parlamentares também absurdamente defendem, quando trabalham pela implantação da ideologia de gênero em nosso país. Filhos doutrinados, pais encarcerados – é este o futuro de uma nação que mina a célula-base da sociedade, a família, e entrega as suas crianças nas mãos do Estado. Eugen e Luise Martens representam a resistência dos homens de bem de todo o mundo, que não querem ver os seus filhos sequestrados de suas mãos, para serem manipulados por um Estado imoral e por uma ideologia depravada. Eugen e Luise lembram, com sua atitude, que os pais, por serem os transmissores da vida aos filhos, devem ser reconhecidos como seus primeiros e principais educadores, e que essa função é essencial, insubstituível e inalienável. Eugen e Luise não negam a importância da educação sexual, mas recordam que esta deve ser dada fundamentalmente pelos pais, e não em oposição aos seus princípios e valores[v].


Portanto o que nos resta quanto cristãos? Com certeza, não um conformismo com tamanha calamidade moral e social que nos cerca, não um isolacionismo irresponsável para com nossa confissão de fé e para com a missão que nos foi dada (Rm 12.1-2). Finalizo com um grandioso texto da Escritura que me faz refletir sobre nossa postura:

"Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo..." 2 Coríntios 10:5
_____________
[i] Recomendo ao leitor para aprofundamento do assunto, principalmente para um alerta sobre a prática de ensino nas escolas sobre a questão gender (gênero), o site do Observatório Interamericano de Biopolítica que tem discutido de forma competente sobre o assunto de gênero (http://biopolitica.com.br/)

[ii] Para esclarecimentos históricos a respeito da origem e desdobramentos da questão recomendo o livro  - Gender, Quem és tu? Sobre a ideologia de gênero, escrito por Olivier Bonnerwijn, editora Ecclesiae.

[iii] Citação do meu artigo no blog Electus – Ideologia de Gênero, a negação da autoridade, da realidade e da verdade. http://blogelectus.blogspot.com.br/2015/10/ideologia-de-genero-negacao-da.html#.V0cL_jUrLIU

[iv] Link -http://biopolitica.com.br/index.php/cursos/38-pais-na-cadeia-crime-discriminacao-de-genero-vitimas-os-filhos


[v] Ibdem.

Fonte: Electus 

sábado, 30 de janeiro de 2016

UMA NAÇÃO SOB JUÍZO...

Por Pr. Danilo Figueira.

Nós estamos, claramente, passando por um tempo de juízo no Brasil. A derrocada da nossa economia, a violência crescente, as catástrofes naturais sem precedentes, as pragas manifestadas por epidemias e doenças que há pouco tempo nem se conhecia e tantas outras realidades que afetam tragicamente a vida dos brasileiros hoje, não são apenas uma infeliz coincidência. Deus está açoitando uma nação que não reconheceu o tempo da sua visitação e desprezou a graça que lhe tem sido oferecida.

Que o Espírito foi derramado sobre o Brasil, ninguém pode negar. Nas últimas décadas vimos muitas manifestações do seu agir, produzindo movimentos sobrenaturais e abrindo portas amplas à pregação do evangelho. Profetas e mais profetas se levantaram aqui e vieram de outras nações para soprar fôlego de vida sobre nossa nação. O que fizemos, porém, com tudo isso?

O Brasil dos quarenta milhões de evangélicos de hoje é mais podre e mais corrupto do que o de ontem, que tinha menos crentes. Estamos vendo as entranhas da nossa classe política e empresarial sendo expostas com sua vergonha pela Justiça, mas isso é só uma tênue amostra do que, de fato, é a ética e a moral do nosso povo. Sim, do nosso povo, pois a desonestidade indecente não é marca apenas dos políticos, mas de grande parte de nossa população, incluindo, pobres e ricos, cultos e indoutos, descrentes e... Evangélicos! Infelizmente, professar a fé em Jesus não denota mais o compromisso de andar como Ele andou.

Eu gostaria de dizer outra coisa, mas minha percepção profética não permite. Nossos próximos anos não serão fáceis. De uma forma geral, as coisas vão piorar. Não falo apenas de economia (pois para isso, não é necessário ser profeta), mas de tragédias que abalarão as estruturas da nossa nação. Guardem o que estou dizendo. Povos de outras línguas comerão o nosso pão e rirão do nosso luto. Falo em nome do Senhor!

Uma leitura de Jeremias 5 pode nos ajudar a enxergar o Brasil de hoje como Deus enxerga. Recebi esse texto de uma jovem, durante um tempo de oração, e entendi perfeitamente o recado de Deus. Sua vara fustigará os nossos lombos. Até quando? Até que sejamos quebrantados, como nação.

Historicamente, quando Deus envia juízo, Ele encontra um remanescente que o busque e que aplaque a sua ira. Que façamos parte disso! Permanecer fiéis não nos livrará completamente das dores da disciplina, mas nos dará a força que precisamos para resistir e a oportunidade para sermos testemunho e voz profética no meio do caos.

Temos que nos arrepender! O altar tem sido profanado nesta nação e a oferta do Senhor, desprezada. Se é verdade que milhões e milhões lotam os templos, é verdade também que uma grande parte aí está servindo a Mamon, cultivando sua velha ganância, buscando o brilho da prata, só que agora “em nome de Jesus”. Pior, isso inclui uma parte considerável da classe pastoral.

Temos que nos arrepender da feitiçaria, não somente daquela que é feita nos terreiros e encruzilhadas, mas da que é praticada nos altares evangélicos. Chega a ser absurda a supersticiosidade e o sincretismo maligno fomentados por uma legião enorme de falsos mestres e falsos profetas, que se multiplicam como ratos. A venda de objetos e rituais com supostos poderes miraculosos mistura o comércio com o engodo na Casa de Deus. Outro dia, assisti um vídeo em que pastores de uma das maiores denominações do Brasil desciam a uma mina de ouro para buscar a “água da prosperidade”, para ser distribuída (ou vendida) aos fiéis que, certamente, ávidos pelo apelo das riquezas mundanas, nem se dariam ao trabalho de julgar o desvio teológico e de perceber o ridículo a que seriam induzidos.

Uma liderança “cristã” que ilude seu povo com águas da prosperidade, rosas sagradas e lascas da cruz não é melhor que os pais de santo, que fazem o mesmo em seus terreiros. Na verdade, é pior... E que diferença há entre um esotérico que confia no seu patuá e um crente que, ao invés de colocar sua fé em Jesus, recebe um “amuleto gospel” do seu pastor e o pendura em casa, como fonte de proteção? Nenhuma!

Temos que nos arrepender da idolatria, não só da que se pratica em procissões e templos consagrados a entidades mortas, supostos “santos”, que têm boca, mas não podem falar. Há também idolatria às personalidades humanas nas igrejas protestantes, com líderes e artistas sendo alçados pelo povo à categoria de “semi-deuses”, acima do bem e do mal, muitos deles com um testemunho tão sujo que não mereceriam admiração nem nos antros do mundo.

Como Deus não visitaria com juízo uma nação que, tendo sido apresentada ao evangelho, segue expondo sua imoralidade a céu aberto, nos carnavais e marchas gays da vida? Nossos governos erotizam crianças em escolas públicas, com materiais pornográficos e nossas leis dizem “bem-vindo” ao homossexualismo e toda forma de perversão sexual. Mas será que esse espírito não está livre para atuar também nas casas das famílias brasileiras e em muitos espaços da própria igreja? Pornografia, adultério, pedofilia, prostituição e pederastia não mancham também os altares? O que dizer dos pastores e personalidades “gospel” que estão no segundo ou terceiro casamento, sem argumentos bíblicos que lhes desse tal direito; ou dos que usam o seu feitiço travestido de “unção” para seduzir ovelhas aos matadouros da imoralidade?

Não estou falando de uma nação ignorante. O evangelho foi apresentado ao Brasil. Muitos dos que afrontam a santidade de Deus, ou estão na igreja, ou passaram por ela e decidiram voltar ao chiqueiro do mundo. A maioria absoluta já, ao menos, ouviu a Palavra ou teve oportunidade de fazê-lo e não quis. Portanto, somos indesculpáveis.

Se Jesus proclamou juízo sobre a cidade onde viveu, dizendo: “Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje”; se Ele chorou sobre Jerusalém, lamentando o fato de que seus filhos seriam entregues à espada, já que ela não reconheceu o tempo da sua visitação (conf. Lucas 19:41-44), porque seríamos nós poupados, tendo desdenhado tanto da Verdade, como nação?

Obviamente, no meio de tudo isso há um povo fiel, um remanescente que teme ao Senhor e respeita a sua Palavra. Como nos dias de Elias, enquanto Israel era fustigado com a seca e a fome, sete mil joelhos recusavam curvar-se diante de Baal; como no cativeiro babilônico Deus encontrou Daniel, Ananias, Mizael e Azarias, entre outros, para manter a honra do altar, há muitos crentes e igrejas hoje que, remando contra a maré, permanecem na Verdade. Que nos esforcemos para fazer parte desse remanescente, pois é dele que pode brotar de novo a misericórdia.

Os próximos anos não serão fáceis, fique você avisado disso. A vara de Deus sobre os lombos do Brasil já começou a arder e será pesada. Não é mero castigo, mas a disciplina de um Pai que quer essa nação de volta. Ele é justo em fazê-lo, não questione. Apenas disponha-se a ser um argumento que aplaque a sua ira, a permanecer como uma testemunha fiel no meio das trevas, a chamar pessoas para viverem o verdadeiro evangelho e a interceder, como legítimo sacerdote, para que a justiça e a genuína fé cristã possam, de fato, voltar a prosperar.

Não me entenda mal, eu lhe peço. Eu não sou um irresponsável, unindo-me a Satanás para acusar a igreja. Sou parte dela. Eu a amo! Sinto vergonha dos seus pecados, porque eles são meus também. Quero me unir ao Espírito e gemer por ela. Quero ser um argumento para que a esperança e a fé verdadeira, comprometida com a Palavra, não se apaguem de vez nesta nação. Ao contrário, que se multipliquem, até que possamos virar esse jogo e ver o Senhor recolhendo a vara da punição.

Por favor, junte-se a mim nesta busca! Os próximos anos não serão fáceis para nós, mas há um caminho: “Se o meu povo, que por mim se chama, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então Eu o ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (II Crônicas 7:14). No arrependimento e na fidelidade está a nossa esperança.