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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

AS ORIGENS SATÂNICAS DO COMUNISMO

Por Huáscar Terra do Valle - Advogado e escritor.

Quem inventou o comunismo? Karl Marx e Fiedrich Engels? Engano! Esta é uma mentira que todos repetem. Marx e Engels foram apenas os lançadores do comunismo, em 1848, com o famoso manifesto, escrito por Marx, baseado em um rascunho de Engels.

O comunismo nasceu antes disso. Seu verdadeiro criador foi o quase desconhecido Moses Hess, guru tanto de Marx quanto de Engels, que os converteu, separadamente, ao novo credo.

Moses Hess (nome real Moritz Hess, um judeu apóstata, 1812/1875), ficou conhecido como o primeiro dentre os "jovens hegelianos" a admitir ser um comunista. Ele representava em Paris, de 1842 a 1843, o jornal radical Rheinische Zeitung (Gazeta do Reno), quando conheceu Karl Marx e, depois, Friedrich Engels. Após doutrinados por Hess, Marx e Engels se conheceram em Paris e, após muitos entendimentos, lançaram o Manifesto Comunista.

Segundo o pastor romeno Richard Wurmbrand, prisioneiro dos comunistas por quatorze anos, autor de vários livros, Moses Hess, antes de proclamar-se comunista, praticava ritos satânicos, particularmente a Missa Negra (vide "Marx & Satan", Living Sacrifice Book Co;1986, ISBN: 0891073795).

Existem várias versões da Missa Negra, entretanto, todas são praticadas por marginais que não se integraram na sociedade ocidental e que a praticam como uma manifestação de sua rejeição aos princípios da civilização ocidental.

Como ateísta, não creio nem em Deus nem no Diabo. Mas o que interessa é o que pensam os praticantes dos ritos satânicos. Eles acreditam em Deus e no diabo, porém, como inimigos dos cristãos adoradores de Deus, veneram Satan e fazem os mais apavorantes rituais para demonstrar sua rejeição aos que chamam " a elite dominante" ou, como Marx preferia chamá-los, os "burgueses".

A Missa Negra é uma paródia obscena da missa católica, objetivando obter poderes mágicos, geralmente com objetivos pérfidos. É o ritual mais impressionante dos ritos satânicos e dramatiza uma radical adoração do mal e uma rejeição absoluta dos valores judaico-cristãos. O que é considerado o "BEM" para a Civilização Ocidental", para eles é considerado o "MAL" e vice-versa. Na Missa Negra fazem tudo ao contrário. A cruz é exibida de cabeça para baixo e o símbolo do demônio é o pentagrama, ou seja, a estrela de cinco pontas, em cor vermelha, cor do sangue, símbolo do inferno, morada do demônio.

Na missa negra o Padre Nosso é rezado de trás para diante. A imagem adorada, em vez de Jesus, é a do diabo. As roupas rituais são pretas e vermelhas e o avental do "sacerdote" exibe o demônio, sob a forma de um bode, com chifres e sangue escorrendo da boca. Praticam o batismo com água suja e a mesa da missa é substituída por uma mulher nua e a vagina é o tabernáculo, onde se coloca uma hóstia roubada de alguma igreja. Em vez de música sacra toca-se o tipo de barulho chamado "heavy metal" ou semelhante. Desnecessário dizer que drogas são consumidas abundantemente.

Horrendas orgias sexuais são praticadas, frequentemente com sacrifícios de crianças, simbolizando a eucaristia, quando bebem seu sangue e comem sua carne. "Shemhaforash” era a palavra mágica para encerrar a orgia. Ficou famoso na História um certo Barão Gilles de Rais, marechal francês, que foi julgado e condenado pelo sacrifício de mais de cento e quarenta crianças, em rituais de Missa Negra, no Século XV. No entanto, até hoje, inclusive no Brasil, missas negras são praticadas, mesmo com sacrifícios de crianças, como às vezes são noticiadas pela mídia. Claro que a maioria das missas negras jamais são descobertas.

Pouquíssimas pessoas conhecem a importantíssima influência satânica de Moses Hess sobre Marx e Engels. Segundo o pastor Wurmbrand, ambos, antes de estudarem economia, iniciaram-se nos mistérios do satanismo, por meio de Moses Hess. Depois, se conheceram em Paris e iniciaram uma associação duradoura, que viria mudar o mundo e fazer do Século XX o mais sangrento e conturbado de toda a História da Humanidade.

Recentemente, o assunto chamou-me a atenção porque o prefeito petista (eufemismo para "comunista") de Belo Horizonte inaugurou uma obra pública e, inacreditavelmente, fez dentro da mesma uma espécie de altar a um demônio conhecido como Javna, guardião do portão dos infernos, que, segundo a lenda, durante uma semana por ano, rouba dos jovens a energia vital para garantir sua imortalidade.

A inauguração deste templo satânico faz muito sentido. Satanismo e comunismo comungam com a mesma ideia, pois ambos rejeitam os valores morais da civilização ocidental. A palavra de ordem, de Lênin é conhecida: "quanto pior, melhor". Uma confissão descarada de satanismo.

Torna-se evidente que Marx e Engles, ambos graduados em satanismo, após longas lucubrações diabólicas, chegaram a uma versão light do culto ao demônio, sob o fraudulento nome de "COMUNISMO", capaz de confundir e atrair milhões de pessoas, inclusive intelectuais de nomeada. Bernard Shaw, Sartre, Saramago, Hobsbawm, Niemeyer, etc., caíram no conto do "comunismo" e se transformaram em sacerdotes do satanismo, dentro da safada política vermelha de cooptar inocentes úteis. No Brasil, comunistas entre a burritzia brasileira, incluindo as universidades, são legiões.

Conforme bem definiu o Pastor Wurmbrand, "O COMUNISMO NÃO PASSA DE UMA FACHADA PARA O SATANISMO", tornada palatável com uma série de baboseiras criadas por Marx, como "luta de classes", "mais valia", "materialismo histórico", "ditadura do proletariado", "justiça social", "estado final de perfeito comunismo" e outra idiotices. Na prática, como autêntico regime satânico, que adora o mal e não o bem, o comunismo representou o regime mais cruel e retrógrado de toda a história da humanidade, responsável pela tortura e morte de quase duzentos milhões de pessoas no século passado, além de retumbante fracasso financeiro e destruição do ambiente em dezenas de nações. O comunismo-satânico foi a maior desgraça que jamais atingiu a humanidade, embora, para enganar os trouxas, só fala em "paz", "justiça social" e outras mentiras

No Brasil, agora em poder da esquerda, ou seja, dos adoradores do mal, pelo menos desde a fraudulenta constituição de 88 a criminalidade tem crescido exponencialmente, pois não existe "vontade política" para combatê-la, devido à inversão dos valores. Agora os bandidos são heróis satânicos! O MST, por exemplo, uma organização paramilitar, proibida pela constituição, age com a maior desenvoltura, com todo o apoio do governo, inclusive financeiro e o presidente até exibiu na cabeça o boné vermelho do MST, posando para a mídia.

O pentagrama satânico, símbolo do satanismo, do PT e do comunismo internacional, encontra-se até entronizado no jardim do Palácio do Planalto. Enquanto isso, o Ministério Público, "defensor da sociedade", que parece também contaminado com a inversão dos valores, enfia a cabeça na areia, como avestruz e finge que não vê a atividade criminosa do MST, incluindo quase duas mil escolas ensinando terrorismo e satanismo, sob o disfarce de marxismo. Seus heróis são os maiores e mais cruéis assassinos da história: Lênin, Stálin, Mao Tsé-tung, Guevara, Fidel Castro.

Como convém aos adoradores de Satan, o governo, sob a proteção do pentagrama satânico vermelho, está até desarmando a população honesta, para facilitar o trabalho dos bandidos. Alguém já teve notícia de algum bandido devolvendo a arma ao governo?

Tenho um conhecido comunista que saltou e dançou de alegria quando desabaram os prédios do World Trade Center, quando morreram quase três mil pessoas (mais do que em Pearl Harbor) e um certo ex-frei, paladino da "Teologia da Libertação" lamentou que não fosse 25 os aviões utilizados nos atos de terrorismo pois, segundo ele, se morressem mais americanos, "melhorariam as condições das favelas do Rio de Janeiro". Estas manifestações demonstram como o comunismo/satanismo é uma patologia mental gravíssima. Comunistas perdem toda a sensibilidade para com o sofrimento alheio, a ponto de Stálin ter declarado que a morte de milhões de pessoas não passa de mera estatística. Todo comunista é um "serial killer" em potencial.

Dois dos maiores assassinos de todos os tempos, Hítler e Stálin, parecem ter perdido toda a sensibilidade para com o sofrimento alheio devido a traumas pessoais. A sobrinha de Hítler, a grande paixão de sua vida, suicidou-se para livrar-se do monstro. Hítler vingou-se na humanidade. A primeira mulher de Stálin também suicidou-se, com as mesmas consequências. Lula, que quer transformar o Brasil em uma lata de lixo como Cuba, também tem motivos para ressentimentos traumáticos. Sua primeira mulher, Maria de Lourdes, morreu, em 7 de junho 1971, por falta de assistência à maternidade, no Hospital Modelo, em São Paulo. Lula chegou ao hospital somente a tempo de saber que ela e seu filho haviam falecido (Revista Época, 10/03/03).

Sob os auspícios do Ministério da Educação, o satanismo há muito chegou às salas de aula. O ensino dos valores judaico-cristãos foram substituídos pelo marxismo, um disfarce do satanismo. Os grandes heróis nacionais, tais como o grande Duque de Caxias, são esquecidos, e bandidos como Lamarca, Marighela, Prestes, Olga Benário, Guevara, Fidel Castro, são exaltados.

Os marginais dos anos sessenta, que tinham por objetivo entregar o Brasil ao Império do Mal, a União Soviética, além de implantar a mais cruel ditadura e dizimar os patriotas, cometeram assaltos, sequestros, assassinatos, torturas, propaganda maciça enganosa e, em vez de serem submetidos à corte marcial, por traição à Pátria, estão ocupando altos cargos na ‘Nomenklatura’ petista e recebendo, por seus crimes, recompensas que já se aproximam dos dois bilhões de reais. Alguns chegaram até a ministros... da Justiça!

O "herói" Lamarca, nos anos 60, matou a cassetadas o Tenente Alberto Mendes Júnior. Quando da autópsia de seu corpo, seus testículos foram achados dentro de seu estômago. Podemos apenas imaginar as apavorantes orgias satânicas de que foi vítima, nas mãos dos paladinos da "paz" e da "justiça social".

A inversão de valores desencadeada pelo comunismo satânico saturou de tal forma a sociedade que atingiu até as artes. Tanto na música popular quanto na erudita, com poucas exceções, a chamada música e pintura modernas, em minha opinião, em vez de produzir prazer estético, produzem apenas repugnância e perplexidade ante a decadência dos costumes. Agora, a arte, em vez de cultivar o belo, exalta o horrendo! Parodiando Lênin, diríamos que, agora, quando mais feio, mais lindo!

Após o fragoroso fracasso da União Soviética, em associação com o caquético ditador comunista Fidel Castro, assassino de milhares de patriotas, os comunistas do Brasil e de muitos outros países resolveram ressuscitar na América Latina o "Império do Mal" (a União Soviética), realizando anualmente o Fórum de São Paulo. A primeira etapa seria conquistar a presidência do Brasil. Missão cumprida. Em sequência, o governo, impregnado dos ideais satânicos, além de desarmar a população honesta, quer controlar a mídia, o cinema, os livros didáticos (doutrinação satânica) e breve toda a produção intelectual. Principalmente depois de receber seu luxuosérrimo avião de 150 milhões de reais, Lula continuará a viajar pelo mundo organizando um novo eixo do mal, contra os Estados Unidos, conforme denunciou Constantine Menges, tão prematuramente falecido.

Porém, parece que o mais perigoso covil onde se abriga, no Brasil, os mais peçonhentos representantes do comunismo satânico são as Comunidades Eclesiais de Base, que parecem ser a mola propulsora de TODOS os movimentos comunistas do Brasil, desde o PT e a CUT até as invasões dos bandidos disfarçados em "sem-terra".

Aliás, a Igreja Católica, no Brasil, em quase sua totalidade, parece ter-se bandeado para as hostes do mal, o que não seria de estranhar, pois todos eles já foram excomungados automaticamente, segundo proclamação, de 1949, do papa Pio XII, aplicável a todos aqueles que, DE QUALQUER MANEIRA, ajudarem movimentos comunistas. Breve encontrão o demo, cara a cara, de acordo com suas crenças. Não é à toa que tantos católicos estão se bandeando, cada vez mais, para denominações protestantes e evangélicas. Já que o Brasil está perdido, querem, ao menos, salvar a alma...

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

DIA NACIONAL DO EVANGÉLICO

O que os evangélicos têm a comemorar no Dia Nacional do Evangélico?

Comemora-se em todo Brasil, no dia 30 de novembro, o Dia do Evangélico. A data foi criada pela Lei nº 893/1995, que incluiu a comemoração no calendário do Distrito Federal como feriado local. O Governo Federal, posteriormente, sancionou a Lei nº 12.328, de 15/09/2012, que instituiu o Dia Nacional do Evangélico, a ser comemorado justamente no dia 30 de novembro de cada ano, entretanto não criou mais um feriado nacional. Diante disso, a data é comemorada em todo o país, porém o feriado é apenas no Distrito Federal.

Feriado nacional ou não, o que temos a comemorar nessa data? Seria o aumento do número de igrejas evangélicas no país? A construção dos megatemplos por parte de algumas denominações? Ou ainda o crescimento nas estatísticas das pessoas que professam a fé evangélica?

A realidade do cristianismo no Brasil tem testemunhado um paradoxo pouco digno de comemoração genuinamente evangélica. Se por um lado tem aumentado o número dos que se declaram evangélicos, por outro se percebe nitidamente a diminuição do zelo doutrinário e das manifestações autênticas dos dons espirituais. Cresce o trigo, mas também aumenta o joio. Isso, em razão de  práticas e omissões, costumes e inovações, gradativamente incorporadas ao evangelho pós-moderno, que acabam por apagar a chama do Espírito Santo de Deus, apesar da recomendação das Escrituras: "Não extingais o Espírito" (I Tessalonicenses 5.19).

É paradoxal também constatar que a cada período eleitoral mais líderes evangélicos se envolvem com política partidária, no entanto, o número daqueles que são referenciais pela coragem de denunciar o pecado, a corrupção e o mundanismo, é cada vez menor. Aproximam-se dos poderosos deste mundo, mas se afastam do Poder Daquele que é Senhor do mundo. Emaranham-se em negócios temporais e ignoram o princípio Bíblico quanto ao Reino de Deus: "Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra" (II Timóteo 2.4).

Não menos contraditória é a questão financeira e patrimonial. Temos igrejas e líderes cada vez mais ricos e abastados, porém mais frios e mais distantes ainda do amor para com os pobres. São templos e catedrais suntuosas, emissoras de rádio e televisão, carros e imóveis de luxo, todavia pouco ou quase nada se destina aos órfãos, às viúvas e aos necessitados, nem mesmo às obras de  assistência social. Apegam-se exacerbadamente ao patrimônio terreno e menosprezam o ensino de Jesus que eles mesmos pregam: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam" (Mateus 6.19).

E assim, que a data não se torne em mero show gospel, mas oportunidade para reflexão sincera acerca do cristianismo que praticamos. E mais, se não há motivo para comemorarmos o Dia Nacional do Evangélico, diante do aumento da iniquidade nesse tempo do fim em que muitos são chamados, de outra sorte, algo deve promover grande regozijo no coração de quem conhece, pratica e defende o verdadeiro Evangelho do Senhor Jesus Cristo: a alegria de ter o nome escrito no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Apocalipse 13.8).
Adiel Teófilo

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A ESPIRITUALIDADE DO SEGUIMENTO


Por Eduardo Rosa Pedreira.

Não resta dúvida: o cerne da espiritualidade cristã está em seguir a Jesus.

No princípio, era o seguidor! Jesus irrompia inesperadamente e dizia: “Segue-me, venha após a mim”. A resposta positiva exigia uma ruptura com a maneira de viver até aquele momento do que aceitava o convite. A vida deveria ser reorganizada. O centro era o mestre e o caminho apontado por ele. Quem aceitava tal convite nos seus termos tornava-se um discípulo.

Também, no princípio, existia o simpatizante: aquele que se emocionava com as palavras do Cristo, achava fantásticos os seus milagres, impressionava-se com a originalidade de suas atitudes, nutria enorme curiosidade por encontrá-lo – mas não colocava o pé no caminho. Simpatizava até o ponto de não precisar mudar seu estilo de vida. Tinha admiração, mas não estava interessado na transformação resultante da formação espiritual à qual todos os discípulos viveriam quando resolvessem caminhar o caminho proposto pelo Filho de Deus.

Ainda no princípio, havia o consumidor. Este sequer tinha tempo de ouvir o Senhor; desejava, isso sim, comer o pão e o peixe multiplicados, ansiava pela cura da perna atrofiada, somente tinha interesse em ser restaurado da lepra... Uma vez alcançada a graça, nem sequer lembrava de retornar para agradecer.

O discípulo seguia Jesus porque o admirava; o simpatizante admirava sem o seguir, e o consumidor nem seguia e nem admirava, posto que Jesus era apenas um provedor de suas necessidades, e não alguém a apontar-lhe um caminho transformador.

Jesus conviveu indistinta e graciosamente com estes três grupos dentro da multidão que gravitava ao seu redor. Nunca se negou a oferecer caminho aos seguidores, admiração aos simpatizantes e provisão aos consumidores. Todavia, o rabi sabia que os discípulos eram os protagonistas para cumprir sua missão no mundo. Certamente, ele não contava com simpatizantes e consumidores para o estabelecimento do Reino de Deus. Estava certo, como sempre!


Nos duzentos anos que se seguiram à sua morte, o pequeno e frágil grupo inicial de discípulos, apaixonado por sua missão, se espalhou por todo Império Romano. Eles haviam sido convocados pessoalmente para seguir um caminho; colocaram o pé na estrada e saíram pelas vilas e cidades com a mesma convocação com que foram convocados: sigamos o seu caminho. Quanto aos simpatizantes e consumidores, não se sabe o que aconteceu com eles. Afinal, quem fez a história foram os discípulos.

Não resta dúvida: o cerne da espiritualidade cristã está em seguir a Jesus. Quando decidimos conscientemente seguir o seu caminho, então a espiritualidade cristã começa a fluir em nós. O Pai, pelo seu Espírito, vai nos transformando na imagem de seu Filho à medida que damos os passos no caminho. Fora do seguimento, não há espiritualidade.

Todos nós estamos necessitados de retornar à experiência original dos primeiros discípulos. Sim, nossa carência essencial está em “ver” Jesus de novo surgir em meio à nossa complexa e agitada vida, cheia de cansaço e dores, e sussurrar com ternura e vigor ao nosso coração: “Vem e segue-me!” Quando ele irromper no nosso cotidiano, como aconteceu com os pescadores da Galileia ou com o coletor de impostos da Judéia, com aquele sedutor olhar a nos convidar a seguir o seu caminho, e largarmos as redes ou a segurança da coletoria, aceitando seu convite, então, experimentaremos real comunhão com o Deus trinitário.

Longe do caminho do Filho, não seremos capazes de enxergar a face do Pai e tampouco vivenciar a presença do Espírito. De fato, no cristianismo bíblico, espiritualidade é um mero sinônimo de seguimento. Se as nossas orações, liturgias, louvores, corais, células, congressos e mensagens não apontam o caminho do Senhor e não convocam o mundo para segui-lo, então, tudo isso pode até ser espiritualidade, mas não é cristã. Se nossas igrejas se tornam fontes de atração para consumidores e admiradores, ao invés de espaços comunitários formadores de discípulos, tenhamos consciência: todos devem ser tratados com graça e amor, como Jesus fez, mas só cumpriremos sua missão no mundo sendo e formando seguidores.

Não deveríamos, mas, infelizmente, estamos hoje diante de uma encruzilhada, que por natureza é o entroncamento de dois caminhos. Entrar por um é necessariamente excluir o outro. Ou escolhemos a espiritualidade do entretenimento, que produz simpatizantes e consumidores, ou optamos pela espiritualidade do seguimento, a que gera discípulos. Tenhamos, contudo, uma certeza – desde sempre, Jesus já fez a sua escolha. Basta, apenas, que o imitemos nela.