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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O TRIDENTE DO DIABO

Por Adiel Teófilo.
 O imaginário popular conta que o diabo possui um enorme garfo com três pontas afiadas, com o qual sai por aí tentando as pessoas e causando toda a espécie de males e tragédias. Conta-se até que ele já apareceu para muita gente usando esse terrível instrumento. A Palavra de Deus não menciona a existência do tal tridente, mas nos afirma com toda a certeza que “o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (I Pedro 5.8). E também nos adverte: “não deis lugar ao diabo” (Efésios 4.27), alertando-nos para que sejamos sóbrios diante das facilidades mundanas e vigilantes quanto aos prazeres desta vida.
 
A atual realidade do cristianismo, no entanto, demonstra que muitos dos que se dizem crentes estão abrindo espaço para a atuação do maligno. E o inimigo das nossas almas não perde as oportunidades e emprega diversos artifícios para alcançar as presas mais vulneráveis. Observa-se que ele tem usado com frequência, para destruir a santidade do povo de Deus e o fervor espiritual das igrejas, pelo menos três pontas bem afiadas: DINHEIRO, DIVÓRCIO e DIVERSÃO. E não se trata de mera combinação de letras ou palavras, mas de estratégia bem orquestrada por aquele que se vale de todos os meios para devorar o rebanho do Senhor.
 
A ambição desmedida pelo dinheiro tem arruinado a vida cristã de muitos líderes e liderados. Estão se enlameando com negócios escusos e saqueando a casa do tesouro. Emitem cheque sem provisão de fundos, tomam por empréstimo e não honram os compromissos, compram e não pagam, falam e não cumprem. Dizem que são crentes, porém não se amoldaram ao Caráter de Cristo. São nódoas que maculam a pureza das vestes alvas da Noiva de Cristo. Concorrem desse modo para rebaixar ainda mais entre os homens a cotação da honestidade e da integridade na bolsa dos valores morais. E a Bíblia Sagrada nos mostra qual é o resultado dessa ambição: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (I Timóteo 6.10).
 
O divórcio deliberado está provocando também grandes estragos no meio evangélico. A dureza de coração tem se multiplicado e o amor está se esfriando em vários casamentos. O mau exemplo daqueles que estão em evidência tem influenciado negativamente os casais que enfrentam dificuldades de relacionamento. Pregam a Palavra, entretanto negam a ordem Divina: “o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Marcos 10.9). Até mudaram a interpretação da exigência para o episcopado registrada em I Timóteo 3.2 e 12, e em Tito 1.6,quando diz que convém ao bispo ser “marido de uma mulher”.
 
Nesse cenário de declínio da união matrimonial indissolúvel, desistir tem sido a receita fácil diante dos problemas conjugais. Ser fiel até a morte mesmo nas adversidades tornou-se mera retórica das cerimonias matrimoniais. Cada cônjuge tem se estribado em suas próprias razões e não se consegue mais negar a si mesmo numa sociedade tão fútil, efêmera e hedonista. Todavia, devemos atentar para o que diz a Escritura: “Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que aborrece o repúdio e aquele que encobre a violência com a sua veste, diz o Senhor dos Exércitos; portanto, guardai-vos em vosso espírito e não sejais desleais”  (Malaquias 2.16).
 
A diversão como prioridade tem deixado muitos crentes distraídos, completamente desapercebidos quanto às astutas ciladas do diabo. O entretenimento está roubando preciosa parcela do tempo que deveria ser dedicado à oração, leitura e meditação na Palavra de Deus, inclusive nas liturgias dos cultos. A programação televisiva insinuante e perniciosa, os passatempos cativantes da internet e os incontáveis eventos esportivos e sociais, estão afastando as pessoas do diálogo íntimo com Deus e da boa conversa em família. Não mais se sentam em volta da mesa durante as refeições e nem se reúnem em casa para compartilhar fatos do cotidiano. São estranhos em casa, mas conhecidos nas rodas sociais, possuindo muitos amigos nas festas e nas agitações da sociedade. Pensam apenas nos seus próprios deleites: “adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4.4).
 
E assim, o DINHEIRO, o DIVÓRCIO e a DIVERSÃO, podem até não ser o tridente do diabo, porém, com toda certeza, são três formas pelas quais o ladrão vem para roubar a honestidade, matar as famílias e destruir a santidade do rebanho do Senhor. Mas graças a Deus que nos dá o pão nosso de cada dia, o prazer de habitar em família e a alegria de desfrutar da comunhão com o Senhor Jesus Cristo. Porque Ele venceu o mundo, a morte e o inferno. “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4.7), tenha ele ou não um tridente bem afiado!