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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

REBANHO DA BARGANHA POLÍTICA

Por Adiel Teófilo.
 
Qual é o preço da traição? José foi vendido por seus irmãos, em troca de 20 (vinte) moedas de prata, a mercadores ismaelitas que desciam de Gileade para o Egito (Gênesis 37.28). O segredo de toda a força de Sansão foi vendido por Dalila aos príncipes dos filisteus, os quais lhe deram na sua mão, cada um deles, (1.100) um mil e cem moedas de prata (Juízes 16.5 e 18). Judas Iscariotes entregou Jesus Cristo aos príncipes dos sacerdotes por 30 (trinta) moedas de prata, beijando-o como um sinal, para que fosse preso por uma grande multidão com espadas e porretes (Mateus 26.14 - 16 e 47-50).
 
Os episódios acima exemplificam muito bem como a ganância por dinheiro é capaz de levar as pessoas a trair o próprio irmão, o amigo ou até mesmo o Filho de Deus. São movidas por um sentimento nefasto de ambição, que menospreza os vínculos mais sublimes do amor, do respeito ao próximo e do temor para com o Senhor Deus. Na verdade, o amor pelo dinheiro é que fala mais alto dentro delas, fazendo com que se desviem do caminho da fidelidade. “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (I Timóteo 6.10).
 
A Igreja de Jesus Cristo passa por seus últimos dias na face terra. Nesse tempo do fim, a iniquidade tem se multiplicado de tal maneira que o amor de muitos está se esfriando, como bem profetizou o Senhor Jesus (Mateus 24.10-12), pois não hesitam em trair uns aos outros, nem se incomodam com aqueles que ficam escandalizados. E aqui não posso esconder a minha grande decepção diante de tantas barganhas políticas que tomo conhecimento.
 
Isso mesmo, barganha política usando o rebanho do Bom Pastor Jesus Cristo. Há líderes que não têm o menor escrúpulo em usar o povo evangélico como moeda de troca, visando receber favores pessoais ou oportunidades que beneficiam tão somente os que lhe são mais próximos. O rebanho do Senhor, formado por crentes humildes e tementes a Deus, nem percebe que está sendo vendido. Isso, porque as negociatas são realizadas às ocultas, mas publicamente passam a imagem enganosa de que todo apoio político é importante para o bem da Obra do Senhor.
 
Hipócritas! Tenho vontade de publicar o nome de cada um de vocês! Seus lobos mascarados de ovelhas! Vendem o rebanho e depois posam de “bom pastor”! Não divulgo nomes para não agravar o escândalo. Também, porque o nosso propósito não é levantar contendas, mas despertar os crentes que vivem na simplicidade da pomba, para que tenham prudência como as serpentes, pois são ovelhas em meio a lobos devoradores (Mateus 10.16). Além disso, muitos cristãos se ofendem e não acreditam na verdade, por mais patente que esteja aos seus olhos, preferindo obedecer cegamente qualquer ordem, mesmo que desprovida de respaldo Bíblico. “Deixai-os; são condutores cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova” (Mateus 15.14).
 
O povo evangélico é incentivado a trabalhar arduamente para a realização dos grandes eventos: dão ofertas, doam gêneros alimentícios, fazem toda espécie de comércio nos templos, ensaiam, montam todo o aparato da festa e fazem grandes ajuntamentos de pessoas, porém o resultado em almas salvas nem sempre corresponde ao esforço desprendido. A liderança mostra toda orgulhosa esses ajuntamentos, como uma grande força política, valiosa aos olhos daqueles que desejam obter muitos votos nas eleições. Surgem então as mais diversas barganhas políticas, mediante a venda do rebanho do Senhor.    
 
E qual é o preço dessa traição? O povo é obrigado a suportar nos palcos desses eventos os “bondosos políticos”, sempre dispostos a lutar contra leis que tanto perseguem as igrejas. Apesar de serem incrédulos, desafeiçoados ao Evangelho e ter conduta pública e ética notoriamente reprováveis, ocupam lugar de honra entre os obreiros mais consagrados, profanando assim os locais de culto. O que vendeu o rebanho recebe em troca cargos na administração pública ou no legislativo, indicando familiares ou amigos mais próximos, além de obter favores, facilidades pessoais e até dinheiro de origem duvidosa. Cumpre-se então a profecia da Palavra de Deus: “E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas” (II Pedro 2.3).
 
E os cristãos, recebem o quê? Ah, o povo, recebe o mesmo que José, Sansão e Jesus Cristo receberam: o fruto amargo da traição, pois não passa de rebanho da barganha política!    

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