Por Adiel Teófilo.
1
- O verdadeiro cristão deve ter atitudes corretas, segundo a Palavra de Deus,
porém não pode agir impulsionado por motivações equivocadas.
É correto biblicamente,
por exemplo, contribuir financeiramente para o Reino de Deus com dízimos e
ofertas, entretanto não se deve fazê-lo simplesmente por medo do devorador, por
receio de perder todos os bens, ou para mostrar aos outros a generosidade, ou
ainda, movido pela intenção de ganhar em troca muito dinheiro e enriquecer,
como se fosse possível ao homem barganhar com Deus. Não basta a boa ação, é necessário
também ter boa intenção. “O sacrifício dos ímpios já é
abominação; quanto mais oferecendo-o com má intenção!” (Provérbios 21.27). É preciso contribuir, mas com gratidão,
amor e fidelidade ao Senhor. “Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do
cominho, e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei, a
justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas cousas, sem omitir
aquelas” (Mateus 23.23).
2
- O cristão sincero não pode ter atitudes incorretas, contrárias à Bíblia
Sagrada, ainda que as suas motivações sejam aparentemente muito boas.
Não há base bíblica, por
exemplo, para ungir com óleo os veículos, objetos ou imóveis, ainda que a intenção
seja mesmo de consagrá-los ou dedicá-los ao Senhor. Ademais, a verdadeira consagração
se faz mediante o uso de todas as coisas com gratidão perante o Senhor, e para
a glória de Deus diante dos homens. A unção no Antigo Testamento destinava-se principalmente
aos reis e sacerdotes, o que não se faz mais necessário na Nova Aliança no
Sangue do Cordeiro de Deus. Porquanto, atualmente serve apenas para os enfermos.
“Está alguém entre vós doente? Chame os
presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em
nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e,
se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tiago 5.14-15).
3
- O cristão autêntico deve invocar sempre o nome do Senhor, todavia as suas práticas
não podem contrariar as doutrinas da Palavra de Deus.
As Escrituras nos mostram que
devemos adorar ao Senhor Deus e somente a Ele prestar culto. Contudo, não adianta
cultuar a Deus com palavras de exaltação, dança ou gestual eufórico, se a
conduta no cotidiano está orientada por ensino de homens, que em nome da
liberdade e dos prazeres terrenos e carnais admite toda espécie de pecados condenados
pela Bíblia Sagrada. “Respondeu-lhes:
Bem profetizou Isaías, a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este
povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me
adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Marcos 7.6-7). É
preciso exaltar ao Senhor com palavras, mas também adorá-lO com atitudes
sinceras, estribadas nos mandamentos do Senhor Jesus, as quais em silêncio pregam bem mais eloquentes
que mil palavras isoladas de qualquer bom exemplo.
Portanto, a prática do
cristianismo somente se completa e se revela conforme os preceitos das
Escrituras, quando há justa coerência entre a ação e a motivação, quando há
perfeita harmonia entre as palavras e as atitudes daquele que se propõe a seguir
ao Senhor Cristo Jesus. “Nisto é
glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vós tornareis meus
discípulos. [...] Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando” (João 15.8 e
14).
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