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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

DESIGREJADOS, SEM IGREJA E CRISTÃOS NOMINAIS

Visitando alguns sites e blogs evangélicos, constatei que esse tema continua em pauta. Talvez em razão do fluxo constante de pessoas que entram pela porta da frente dos templos e saem pela porta dos fundos sem serem percebidos. Constatei também que as expressões desigrejados, sem igreja e cristãos nominais, são empregadas com diferentes sentidos em alguns casos, noutros possuem praticamente o mesmo significado. Essa variação, possivelmente, depende mais do ponto de vista de quem analisa a situação daquele que está do lado oposto.
Longe de discutir terminologia ou tentar definir o que significa exatamente cada termo, convido os leitores para uma reflexão sobre o assunto.

Com a palavra os desigrejados:
 
__ Não somos um movimento, mas enfrentamos um sério dilema. Não abandonamos a fé em Cristo e a obediência à Palavra de Deus, mas estamos fora dos templos. Isso, porque fomos praticamente forçados a tomar essa decisão radical. Gostaríamos muito de participarmos da comunhão fraternal do Corpo de Cristo, vivermos de fato em família, a exemplo da igreja primitiva. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (Atos 2.48).

Infelizmente, não encontramos mais esse ambiente dentro dos templos por onde passamos. Pelo contrário, presenciamos escândalos de toda espécie e as mais diversas distorções das verdades Bíblicas. Percebemos também que as grandes denominações se tornaram verdadeiros impérios religiosos, que disputam entre si o poder e a notoriedade. Outras se envolveram em negócios desta vida e se desviaram completamente das finalidades de sua existência e dos propósitos da Palavra de Deus.

Que falem agora os sem igreja:

__ Nós não possuímos templos, porque o nosso corpo é o templo e a habitação do Espírito Santo de Deus (I Coríntios 3.16 e 6.19). Nós nos reunimos entre as pessoas e famílias que recebem de bom grado a Palavra de Deus e desfrutam da comunhão fraternal. O nosso objetivo é pregar o Evangelho a toda a criatura, e não construir catedrais ou megatemplos, porque “Deus (...) não habita em templos feitos por mãos de homens” (Atos 17.24).

Além do mais, a chegada do Reino de Deus foi anunciada por João Batista, o pregador solitário no deserto. Diga-me, em qual templo se reuniram os anônimos mencionados na galeria dos heróis da fé? “(...) andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados, dos quais o mundo não era digno, errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra” (Hebreus 11.37-38). Se templo fosse realmente importante, Jesus não teria permitido que uma só pedra fosse derrubada do grande templo construído por Salomão em Jerusalém. Aliás, se o Reino de Deus estivesse reduzido a templo, o Evangelho não teria saído de Jerusalém.

Agora, que se manifestem os cristãos nominais:      ...

Desculpem-me, prezados leitores, mas ninguém apareceu para assumir que se encontra nessa situação!

O que encontramos são aqueles que estão dentro dos templos e com veemência acusam os que estão fora deles. Dizem que os desigrejados, bem como os sem igreja ou sem templo, são rebeldes, desviados, insubmissos à liderança, crentes nominais, que não obedecem a Palavra de Deus porque deixaram de congregar, conforme Hebreus 10.25 “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns (...)”, dentre outras censuras. Outros, estão infelizes e desanimados, porém não têm a coragem de romper com o sistema religioso que tradicionalmente se acostumaram.

E os que estão de fora também acusam os que estão dentro. Asseveram que muitos não passam de religiosos, santarrões e hipócritas, omissos e coniventes com os erros uns dos outros, pois não cumprem também a segunda parte desse mesmo versículo em Hebreus 10.25 “(...) antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia”, dentre outras advertências das Escrituras. Afirmam que congregar não é simplesmente estar dentro de um templo ou participar das liturgias, mas ser parte e membro do Corpo de Cristo no sentido bíblico mais sublime (I Coríntios 12.12-31), o que não depende de lugar e sim de atitude diante do Senhor. Há também os que desejam se integrar a uma igreja para o exercíco da fé cristã em grupo, mas se acomodaram às suas convicções e insatisfações pessoais.

Mas, será que os cristãos nominais estão apenas fora dos templos ou também há dentro deles? Qual é a exata medida da prática do cristianismo que diferencia o nominal do espiritual? Seria a denominação evangélica que participa ou o templo que frequenta? Ora, que cada um examine a si mesmo e assim diga até que ponto é ou não verdadeiramente nascido da água e do Espírito! (João 3.5)
 
Será que servimos ao Senhor Jesus somente dentro de templos? E fora deles, seria o Senhor quem nos serve? Há quem acredita que a suntuosidade do lugar estabelece o reino de Deus na terra e a majestade do templo faz a glória da adoração. Não seriam esses os igrejólatras? Quem pensa e age desse modo não seria um adorador de templo? Ainda bem que Jesus assim afirmou quando esteve na Terra: “mas agora o meu reino não é daqui" (João 18. 36).

A verdade é que Jesus não deu preferência a nenhum local específico. Disse que a hora é chegada em que “os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura os tais que assim o adorem” (João 4.23). Orientou-nos dizendo que “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mateus 18.20).

Desse modo, que todos se reúnam de fato e de verdade em nome de Jesus Cristo, seja dentro ou fora dos templos. Que O adorem de corpo, alma e espírito, e nada façam por contenda religiosa ou vanglória de suas obras, mas por humildade genuinamente cristã, que nos faz considerar os outros superiores a nós mesmos (Filipenses 2.3). E principalmente que, em Nome do Senhor Jesus, preguem o Evangelho a toda criatura e façam discípulos de todas as nações (Mateus 28.19-20). Afinal, para essa missão é que foi chamada a IGREJA!
Adiel Teófilo
 
ESCOLHA A IGREJA CERTA
Vale a pena ouvir!


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